O convívio entre um viciado e seu computador é parecido com o auge de um relacionamento amoroso: o “apaixonado” quer sempre estar perto de sua máquina amada e, quando distantes, ele sente saudades, como um vazio por dentro.
Isso é inevitável, já que a máquina tem poderes de sedução fatais, como o doce barulho do teclado e o seu conteúdo interessante e agradável.
Imaginem como seria esse relacionamento se ela falasse...
- O que está fazendo, meu amor? – pergunta a sedutora
- Estou lhe desligando, já são duas da madrugada e estou com sono.
- Fica só mais cinco minutos – insistiu, com um tom sensual
- Você já disse isso e acabei ficando aqui por uma hora mais.
- Você não quer dar uma apertadinha no meu mouse?
- Não faça isso, tenho que acordar cedo.
- Vem entrar naquele site
- Ah, está bem, vou ficar mais um tempinho..
Alguns minutos depois...
- Lembra que dia é hoje?
- Não.
- Faz exatamente um ano que você me comprou, lembra?
- E daí?
- Como assim “e daí”? Você não vai dizer nada?
- Você é meu computador, e gosto de você, mas é só isso.
- Eu pensei que você me amava, agora não lhe quero como dono mais.
- Não, espera, eu...
- Acabou!
- Não! Que droga, travou de novo.



YORDAN CAVALCANTI

3 comentários:

  1. Fernanda says:

    já disse que acho essa tirada genial?
    suuuuuper criativa e interessante, de verdade *-*
    e parabéns mais uma vez pela publicação \o/
    tô orgulhosa de vc, meu amor

    amo vc :*

  1. Unknown says:

    Olá Yordan,

    Gostei bastante da crônica, argumenta com muita propriedade, um quase fato neste status quo. A que ponto chegamos não é?!

    Quando puder e quiser, vá ao meu blog de repente poderíamos trocar algumas figuras.

    http://memoriaspsicodelicas.blogspot.com

    um abraço!

  1. Unknown says:

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk muitooo muito bom veioooo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk adoreei

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